Quando falamos, temos uma determinada intenção. De acordo com a intenção do emissor, a linguagem é utilizada com diferentes finalidades. Se quero comover, uso determinadas expressões, determinado vocabulário. Se quero informar, vou mudar essas mesmas expressões, esse mesmo vocabulário. Assim, podemos distinguir seis funções na linguagem em função da intenção do emissor.
As 6 Funções da linguagem
| informativa (referencial ou denotativa) | a) |
| emotiva ou expressiva | b) |
função | apelativa ou imperativa | c) |
| poética | d) |
| fática | e) |
| metalinguística | f) |
a) A mensagem está redigida para informar (media)
b) A mensagem está redigida para revelar o estado de espírito dos emissores, as suas emoções (uso de interjeições, adjetivos, reticências)
c) O objetivo da mensagem é convencer, persuadir o interlocutor a tomar uma atitude.
d) A mensagem está redigida para ser bela, bonita.
e) A mensagem está redigida para manter o contacto com o recetor.
f) Quando usamos a língua para explicar a própria língua (dicionários, gramáticas, prontuários)
Nas cartas que Clarice troca com a Raquel/Tia Lu temos a função expressiva da linguagem que nos revelam o estado de espírito da Clarice, as suas emoções. Mas, como acontece em todos os discursos, o facto de haver uma função que domine, não significa que outras não possam estar presentes. É o caso da função fática que surge com as expressões "Fui, mas volto." de Clarice (p. 50) e "Fui, mas também volto," de Raquel/Tia Lu (p. 50). Assim, sobrinha e tia procuram assegurar o contacto futuro no final das cartas 3 e 4. (cf. postagem AS CARTAS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário